…e a preparar-nos para Setembro.
No passado dia 23 ocorreu a lua nova em Virgem, no primeiro grau deste signo (consideremos “um início de um início”) e estamos neste momento prestes a chegar ao quarto crescente.
Todas as lunações têm o mesmo ciclo: inicia na lua nova, quarto crescente, lua cheia e quarto minguante, mas nem todas iniciam no primeiro grau do signo em que ocorre, isto é, da energia mais disponível e que se faz sentir individualmente nesse momento. Isto expressa já uma tónica diferente. Além deste aspecto, esta lua nova é a primeira neste signo (até ao final da época de Virgem ocorrerá outra lua nova) antecedendo também uma época de eclipses.
Sem desenvolver a parte técnica, pretendo apenas escrever sobre aspectos principais que nos podem ajudar a reflectir e viver melhor este momento.
O seu início (lá no dia 23) expressou uma energia inquieta, com necessidade de por em prática acções que estavam (estariam?) há já meses na gaveta ou pendurados no tempo. Dependendo do mapa astrológico individual, essa inquietude pode ter-se feito sentir:
Externamente, através de alfinetadas. Portanto, imprevistos, pedidos e solicitações que nos chegam através dos outros (mesmo que sejam nossos e para nós :) )
Internamente, através da necessidade de renovação. E é aqui que se mostra o propósito deste texto.
Então, essa necessidade interna de renovação, de arrumo, de aprumo, de criação e inovação, está relacionada com a necessidade de mudança que estamos a sentir.
(sim, estamos todos a senti-lo porque a verdade é que ainda não mudamos/fizemos mudanças suficientes na nossa vida e em nós para nos sentirmos mais alinhados…e porque não somos ilhas e a vida na Terra vive-se e sente-se com o colectivo. Mas adiante.).
É como se nos estivéssemos a preparar para uma novidade que precisamos – e sabemos – que chegará, não tarda. Mas alguns de nós ainda não saber muito bem o que é. Outros já e ansiamos que chegue. A lua nova trouxe uma espécie de “ultimato” da vida como se “ok, queres esta mudança mas já fizeste aquilo que sabes que tens que fazer?”, “já começaste/terminaste o que sabes que é necessário começar/terminar para que possas viver essa nova fase?”, etc. Como se nos estivesse a ser dado um aperto, por um lado, e ao mesmo tempo a oportunidade, a bênção e até o empurrãozinho energético para que o possamos fazer. Portanto, se já percebemos esta proposta da vida e estamos a viver isto mais intensa e conscientemente desde dia 23, então estamos a facilitar-nos a vida. Passo o trocadilho :)
Para este momento e nos próximos dias, importa perceber: o que é que ainda não fizemos, o que é que ainda não decidimos, o que é que ainda não analisamos e tornamos útil para nós, de acordo com as nossas necessidades.
Neste momento em que escrevo, a lua está em Escorpião e podemos, desde ontem de manhã até amanhã de manhã, sensivelmente, estar mais em contacto com emoções à superfície e no ponto para serem olhadas e cuidadas. Mas na sua origem, esta lunação apresenta um energia mais mental (Virgem é regido pelo planeta Mercúrio – pensamento, lógica, mente racional inferior, processamento de informação, etc). Portanto, é um óptimo momento para olharmos para nós e para a nossa vida, analisar e seleccionar o que nos faz bem (em toda a amplitude da palavra), o que é saudável para nós. Como está o nosso descanso? Estamos a conseguir priorizar e suprir as nossas necessidades no meio do caos? Até quando vamos descuidar o sono e fazer de conta que o cansaço mental não é extremamente desgastante? O que temos comido como compensação mas que sabemos que não é bom para o nosso corpo físico?
E por aí vai…
A energia mais favorável aos novos hábitos e rotinas é esta. Vamos deixar passar o timming ou continuar a tentar compensar quando já não nos conseguimos arrastar?
Se dentro de nós pulsa a necessidade de mudança, vamos olhá-la e perceber que tanto dela depende simplesmente de nós. Clareza, simplicidade e verdade pura, são as chaves que necessitamos para fazer este ponto de situação em nós.
PS: este texto não é uma interpretação de um mapa astrológico de ninguém. É um excerto das energias disponíveis para todos nós, de forma geral.
